Essa convenção de trânsito é seguida não apenas no Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda), mas também em várias de suas ex-colônias - como Índia, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia - e no Japão. Sua origem remonta à era medieval, quando a circulação a cavalo se dava pela esquerda para deixar a mão direita - a mesma que a maioria das pessoas usava para manusear a espada - livre em caso de luta. Para completar, em 1300 o papa Bonifácio VIII determinou que todos os peregrinos com destino a Roma deveriam se manter no lado esquerdo da estrada, para organizar o fluxo. Esse sistema prevaleceu até o século XVIII, quando Napoleão inverteu tudo, supostamente por ser canhoto, mas também para facilitar a identificação de tropas inimigas à distância. As regiões dominadas pelo imperador da França aderiram ao novo modelo de tráfego, enquanto o império britânico permaneceu fiel ao sistema medieval.
Desde então, dirigir pela pista da esquerda tornou-se uma questão de honra para a Inglaterra - tanto que, em 1859, um ministro inglês, em viagem ao Japão, conseguiu convencer o país a adotar o sistema de trânsito de seu país. Já os Estados Unidos, ansiosos para se desfazerem da herança cultural dos antigos colonizadores, adotaram o lado direito. Com o domínio mundial da indústria automobilística americana, o modelo napoleônico tornou-se padrão em quase todo o planeta. O último país a fazer a mudança foi a Suíça, em 1967.
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