Elas só querem se proteger. O fechamento das folhas é uma defesa natural em reação a qualquer tipo de toque, percebido pela planta como um ataque em potencial. "Se um predador encostar nessas folhas, ele se afastará quando elas se fecharem", afirma a bióloga Sônia Perez, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Na planta conhecida como sensitiva ou dormideira (Mimosa pudica), a resposta é extremamente ágil. Na base de cada folhinha, existem células capazes de perder água com grande rapidez. Isso acontece quando a planta recebe um estímulo externo - o toque, por exemplo. Nesse caso, dois elementos químicos presentes em seu organismo - potássio e cálcio - direcionam a água para um espaço entre as células. Isso faz com que elas murchem, encolhendo as folhas. "Se cada folha fosse um braço, essas células da base fariam o papel do cotovelo, que muda a folha de posição conforme o estímulo", diz Sônia.
O curioso é que quanto mais forte o toque, maior é o número de folhas que se fecham. Mas o efeito é temporário: depois de um tempo sem ser tocada, a planta restabelece o equilíbrio de água em seu interior e as folhas voltam a abrir.
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