terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O coração do feto e o da sua mãe batem no mesmo ritmo?

   Não! Por incrível que pareça, o coraçãozinho do filho, que ainda está se formando, ganha de goleada - com aproximadamente o dobro de batimentos do coração da sua mãe. "Isso acontece porque o pulmão do bebê só começa a funcionar e a oxigenar o sangue depois do nascimento", afirma a obstetra Débora Steinman, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. (O médico dá aquelas famosas palmadinhas justamente para estimular essa primeira respiração.) Enquanto o bebê está no útero, portanto, o sangue precisa ser oxigenado sem ajuda dos pulmões - para isso, ele tem que sair do seu corpo pelo cordão umbilical, receber oxigênio da placenta e ainda ter fôlego para fazer todo o caminho de volta. "Esse percurso é tão longo que o coração do feto precisa trabalhar muito mais que o de um adulto, para poder dar conta de todo o processo", diz o cirurgião-obstetra Marinel Moscovici Danilov, de São Paulo.

Esforço dobrado

O feto tem de bombear o sangue para fora do seu corpo

1 - O coração do feto começa a bater na quinta semana de gestação. O sangue terá de sair do seu corpo por uma veia para ser oxigenado pela placenta, no útero da mãe
2 - O caminho de ida e volta até a placenta é feito através de duas artérias dentro do cordão umbilical. Percorrer todo o ciclo exige muito trabalho do coraçãozinho em formação
3 - É a pressão do sangue da mãe - acumulado no chamado lago - que possibilita a troca de gases entre os sangues: o do feto é oxigenado e o da mãe recebe o gás carbônico do sangue do filho
O coração da gestante bate 70 a 80 vezes por minuto
O coração do feto bate cerca de 120 a 160 vezes por minuto

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