Ao contrário do que muita gente pensa, essa bela flor amazônica não bóia livremente. Ela fica presa ao fundo dos rios por grossas raízes que, enterradas no lodo, dão sustentação ao caule. Dele saem hastes compridas e espinhentas. "Os espinhos servem para afastar os predadores. Afinal, a vitória-régia é um alimento suculento para peixes e mamíferos aquáticos", afirma o botânico João Semir, da Unicamp. Debaixo dágua, as folhas permanecem fechadas. Depois, se abrem em forma de bandejas, que podem chegar a 2 metros de diâmetro. Sua face inferior possui uma rede de nervuras e compartimentos cheios de ar que dão especial resistência à planta. E haja força: há registros de folhas que suportam até 45 quilos de peso! As flores, perfumadas e com muitas pétalas, são brancas ao emergirem. Depois de polinizadas por insetos, ficam rosadas. A vitória-régia é nativa das regiões equatoriais do Norte do Brasil, Bolívia e Guianas.
Vive em águas quase paradas, sem correnteza e não muito profundas - do contrário, suas hastes seriam arrancadas. O nome, dado pelo botânico inglês John Lindley (1799-1865), é uma homenagem à rainha Vitória, que governou a Grã-Bretanha de 1837 a 1901. "Régia" vem de regina, que, em, latim quer dizer "rainha".
Beleza funcional
Enquanto folhas e flores flutuam, as raízes garantem sua sustentaçãoFLORES
Fortemente perfumadas, desabrocham ao entardecer e podem alcançar até 30 cm de diâmetro
PEDÚNCULOS
São iguais aos pecíolos, apenas um pouco mais finos, e seguram as flores
RAÍZES
São bem grossas e bem enterradas no lodo do rio, para sustentar o caule com a firmeza necessária
FOLHAS
As maiores chegam a 2 metros de diâmetro e agüentam um peso de até 45 quilos sem afundar
PECÍOLOS
As longas hastes que sustentam a folha são espinhentas, para afugentar predadores como peixes e o boto cor-de-rosa
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