É a fronteira que separa duas massas de ar - uma quente, que perde espaço, e outra fria, que avança. Trata-se de um mecanismo natural da atmosfera para compensar diferenças de temperatura no planeta. Quem nunca amaldiçoou uma frente fria por ter arruinado o fim de semana que atire a primeira pedra! "As mais severas podem gerar quedas de até 10ºC em apenas uma hora", afirma o meteorologista Ricardo de Camargo, da Universidade de São Paulo (USP). Avançando com velocidades de até 30 km/h, o ar frio e seco, mais denso, empurra a massa quente e leve para cima. Se houver umidade suficiente, a passagem da frente causa chuvas intensas, com direito a granizo, raios e trovões. No Brasil, as regiões mais atingidas pelo fenômeno são o Sudeste e o Sul, onde também podem ocorrer geadas. "A maioria das frentes frias se origina nas latitudes médias, no extremo sul do continente", diz Marcelo Seluchi, meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Com seu avanço, as frentes perdem energia e velocidade e o contato com o solo quente reduz o frio das massas de ar. "Por isso, é raro uma frente fria chegar até o Nordeste", afirma Marcelo. Não se pode evitá-las, mas já dá para se preparar melhor contra essas baforadas geladas da atmosfera. Hoje, a meteorologia consegue prever com cinco dias de antecedência a chegada de uma frente fria no país.
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