sexta-feira, 24 de julho de 2015

A Tocha Olímpica nunca apaga?

   Apaga sim. E como: só na passagem pelo Rio de Janeiro, no ano 2000, ela negou fogo três vezes, apesar de projetada para ser o melhor isqueiro do mundo, pronto para aguentar chuva, ventania e o que mais vier. Mas a ideia de fogo eterno (ou quase) tem um fundo simbólico. A chama é acesa no santuário de Olímpia, na Grécia. Mas não vai só para a tocha. Também é passada para um tipo de lampião, que tem combustível para queimar por 15 horas. Quando o gás está para acabar, uma lanterna igual é acesa com a mesma chama. No total, quatro desses lampiões entram no processo para carregar o fogo olímpico. E eles viajam o mundo todo para ficar reacendendo a tocha. Ou melhor: as tochas, já que só desta vez foram produzidas cerca de 12 mil. Assim, por mais que elas tenham andado de mão em mão e apagado de vez em quando, o fogo que chegou ao Estádio Olímpico no dia 13 de agosto para inflamar a pira é o mesmo que fora aceso no santuário por uma atriz vestida de sacerdotisa. Quimicamente, porém, isso não faz sentido: o que determina a característica do fogo é o combustível. Coisa que é substituída o tempo todo. Mas quem liga?

Leve e breve  

Ela pesa 700 gramas e tem 68 centímetros.

Folha de oliveira

A tocha da Olimpíada de Atenas foi criada pelo artista grego Andreas Varotsos. Ele se inspirou em folhas de oliveira, compridinhas e símbolo nacional da Grécia, para fazer o desenho. O combustível dela é uma mistura dos gases butano e propileno, que dão um tom alaranjado à chama. O cilindro, na parte de baixo, tem gás suficiente para queimar por 20 minutos, apenas.

Faíscas  

O "isqueiro" mais caro e viajado do mundo.

Pra quem pode

Cada tocha custa 1150 reais, mas só pode ser comprada por quem a carregou. Se você não é Ronaldo, Tom Cruise ou uma das outras 3598 pessoas que fizeram isso, esqueça.

Na paz

Na Grécia Antiga, uma tocha viajava para anunciar que os Jogos estavam chegando e as guerras deveriam cessar. A ideia ressuscitou na Olimpíada de 1928.

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