Apaga sim. E como: só na passagem pelo Rio de Janeiro, no ano 2000, ela negou fogo
três vezes, apesar de projetada para ser o melhor isqueiro do mundo,
pronto para aguentar chuva, ventania e o que mais vier. Mas a ideia de
fogo eterno (ou quase) tem um fundo simbólico. A chama é acesa no
santuário de Olímpia, na Grécia. Mas não vai só para a tocha. Também é
passada para um tipo de lampião, que tem combustível para queimar por 15
horas. Quando o gás está para acabar, uma lanterna igual é acesa com a
mesma chama. No total, quatro desses lampiões entram no processo para
carregar o fogo olímpico. E eles viajam o mundo todo para ficar
reacendendo a tocha. Ou melhor: as tochas, já que só desta vez foram
produzidas cerca de 12 mil. Assim, por mais que elas tenham andado de
mão em mão e apagado de vez em quando, o fogo que chegou ao Estádio
Olímpico no dia 13 de agosto para inflamar a pira é o mesmo que fora
aceso no santuário por uma atriz vestida de sacerdotisa. Quimicamente,
porém, isso não faz sentido: o que determina a característica do fogo é o
combustível. Coisa que é substituída o tempo todo. Mas quem liga?
Leve e breve
Ela pesa 700 gramas e tem 68 centímetros.
Folha de oliveira
A tocha da Olimpíada de Atenas foi criada pelo artista grego Andreas Varotsos. Ele se inspirou em folhas de oliveira, compridinhas e símbolo nacional da Grécia, para fazer o desenho. O combustível dela é uma mistura dos gases butano e propileno, que dão um tom alaranjado à chama. O cilindro, na parte de baixo, tem gás suficiente para queimar por 20 minutos, apenas.Faíscas
O "isqueiro" mais caro e viajado do mundo.
Pra quem pode
Cada tocha custa 1150 reais, mas só pode ser comprada por quem a
carregou. Se você não é Ronaldo, Tom Cruise ou uma das outras 3598
pessoas que fizeram isso, esqueça.
Na paz
Na Grécia Antiga, uma tocha viajava para anunciar que os Jogos estavam
chegando e as guerras deveriam cessar. A ideia ressuscitou na Olimpíada
de 1928.
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