Robin Hood ficaria feliz da vida com um desses. Os arcos de hoje são
feitos com material desenvolvido pela indústria aeronáutica, como a
fibra de carbono, duas vezes mais resistente e 80% mais leve que o aço.
Tanto que, mesmo medindo de 1,67 a 1,77 metro, eles não pesam mais que 3
quilos.
Outra vantagem desse material é vibrar muito menos que a madeira dos
arcos tradicionais. Isso ajuda a imprimir mais tensão à corda, a ponto
de a flecha atingir até 240 km/h com facilidade. Além disso, ela vai
tremer menos. E o tiro sai bem mais preciso.
Haja precisão, aliás: para acertar na mosca numa prova olímpica, o
arqueiro tem de lançar a flecha num círculo de 12,2 centímetros de
diâmetro, que fica no centro do alvo. Fácil? Seria, se o atleta não
ficasse a 70 metros do alvo, como acontece nas competições olímpicas.
Para acertar a uma distância dessas, a qualidade do arco é apenas
acessório. O que vale mesmo não mudou desde os tempos da floresta de
Sherwood: mãos firmes, olhos afiados e nervos de aço. Ou melhor: de
fibra de carbono.
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