A abelha operária, encarregada pela natureza de proteger a colmeia até com a própria vida, possui um ferrão com pequenas farpas que
impedem que ele seja retirado facilmente. Depois de aplicar uma
ferroada, o inseto tenta escapar voando, mas acaba arrancando todo o
posterior de seu abdômen (junto com nervos, parte do tubo digestivo e a
bolsa de veneno), que fica preso ao ferrão. Ainda assim, a bolsa
continua bombeando. Por isso, o mais importante, ao levar uma picada, é
retirar o ferrão rapidamente, para evitar a entrada de mais veneno.
"Quando uma abelha pica, ela solta um tipo de feromônio - odor que serve
de comunicação e atração sexual entre os animais - e esse cheiro
funciona como um aviso de perigo para as outras abelhas", afirma a
zoóloga Márcia Ribeiro, do Instituto de Biociências da USP. "Uma colmeia
possui cerca de 50 000 indivíduos, por isso não faz diferença para a
colônia se algumas morrerem", diz ela. Mas nem todas as abelhas picam.
Existem espécies sem ferrão, que usam uma resina para imobilizar
outros insetos, e outras que chegam a se enroscar nos pelos dos animais
para tentar defender a colmeia.
Tiro pela culatra
A arma da abelha - o ferrão - acaba provocando sua própria destruição.
O ferrão, fixo à bolsa de veneno, tem farpas que ficam presas no
corpo da vítima. Por isso, quando a abelha sai voando, parte do abdômen é
arrancada.
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