Ao contrário da Terra, ela não possui uma atmosfera para frear ou
desintegrar os meteoros que se dirigem à sua superfície. Resultado:
esses corpos celestes acabam atingindo o solo lunar com força total,
causando buracos que variam conforme a dimensão e a forma de cada um. A
maioria das grandes crateras da Lua foi formada por uma tremenda chuva
de meteoros ocorrida há cerca de quatro bilhões de anos, que atingiu
todo o Sistema Solar. "Foi tamanho o fenômeno que deixou as luas de
Júpiter e Saturno com os mesmos tipos de marcas", diz o astrônomo
Augusto de Minelli, da USP. A maior parte das crateras da Lua fica em
sua face oculta, pois a Terra atraiu os meteoros que iriam atingir a
face visível. Nosso planeta também foi golpeado, mas a atmosfera brecou
ou destruiu por atrito muitos dos fragmentos - daí o nosso número
reduzido de crateras. Na Terra, temos ainda a chuva e o vento para jogar
terra dentro dos buracos até tapá-los.
Na Lua não há nenhum desses fenômenos e eles permanecem intactos. Por
isso, até as micropartículas cósmicas que atingem sua superfície acabam
formando orifícios com menos de 1 mm de diâmetro, obviamente invisíveis
para o olho humano.
A rotação da Lua sobre seu próprio eixo e sua translação ao redor da
Terra têm a mesma duração. O efeito dessa sincronia, para um observador
terrestre, é como se a Lua estivesse parada - por isso, enxergamos
sempre a mesma face lunar.
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