Arqueólogos e historiadores acreditam que o tabaco (Nicotiana
tabacum) começou a ser cultivado no continente americano em torno de
6000 a.C., tornando-se uma planta sagrada dos povos pré-colombianos. O
primeiro registro pictórico do ato de fumá-la, porém, é um vaso de
cerâmica maia do século X, que mostra um charuto feito de folhas
amarradas com um barbante. Quando os primeiros colonizadores chegaram à
América, a partir do século XV, o hábito já havia se espalhado por toda
parte. Os astecas fumavam o tabaco em pedaços de junco oco ou em tubos
de cana. Outros nativos do México, da América Central e de parte da
América do Sul usavam casca de milho e outros vegetais secos para
envolver o fumo. O cigarro como o conhecemos hoje, trazendo as folhas
picadas e enroladas em papel, surgiu de uma improvisação europeia.
No século XVI, os mendigos de Sevilha, na Espanha, que não tinham
dinheiro para comprar os já tradicionais charutos, enrolavam em tiras de
papel o conteúdo das pontas descartadas nas ruas. Dois séculos depois, o
hábito havia se espalhado por todo o planeta, movendo uma das
indústrias mas ricas da história. Até poucas décadas atrás, o cigarro
era até visto como um acessório elegante - mas entrou no século XXI como
assassino de milhões.
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