Não existe ainda uma tecnologia capaz de armazenar a energia dos raios para aproveitá-la depois. Mesmo que existisse, talvez não valesse a pena. A energia que um raio transfere da nuvem para a terra tem em torno de 500 quilowatts. Se você olhar a conta de luz da sua casa, verá que isso é pouco mais do que se consome em um mês.
"Talvez, no futuro, seja possível lançar mão de uma torre para captar
raios e alimentar um sítio ou uma fazenda", diz o meteorologista Osmar
Pinto Júnior, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em
São José dos Campos, São Paulo. "Isso poderá ser feito principalmente em
regiões com alta incidência de relâmpagos, ou seja, mais de cinco
faíscas por quilômetro quadrado por ano", afirma Osmar.
Ainda assim, será necessário estudar bem se o custo da montagem do
equipamento compensa o benefício. Mesmo se fosse possível capturar todos
os relâmpagos que caem em uma cidade como São Paulo (de 5 000 a 10 000
por ano) por meio de milhares de torres ou pára-raios , a energia
capturada seria suficiente para alimentar no máximo 600 residências. Ou
seja, não valeria a pena.
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