Em primeiro lugar, a agilidade dessa ave é garantida pela velocidade do
batimento de suas asas, muito maior que a de outros pássaros -
chegando, em alguns casos, ao impressionante número de 80 batidas por
segundo. Mas o verdadeiro segredo é outro. "Ao contrário das outras
aves, o beija-flor não agita as asas para cima e para baixo, mas para a
frente e para trás, na horizontal", afirma o ornitólogo Luiz Francisco
Sanfilipeo, do Parque Zoológico de São Paulo. Como a ligação da asa com o
corpo não é rígida , ela pode ser revirada como uma hélice. Assim, de
maneira semelhante a um helicóptero, formam-se redemoinhos de ar que
mantêm o pássaro pairando. Esse vôo invertido, porém, só é adotado
quando o beija-flor quer se alimentar, dispensando-o de pousar junto às
flores. Outra coisa: se a força realizada com a asa na posição dianteira
fosse a mesma da posição traseira, o beija-flor não se moveria.
Mas o bichinho desloca-se para a frente e para trás alterando a
potência em cada uma das fases da batida. O vaivém de poucos centímetros
para a frente e para trás é necessário para ficar em uma posição mais
cômoda em relação à flor.
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