Tudo começa com uma abelha-rainha. Poucos dias depois de
nascer, ela já está pronta para seu primeiro e único namoro, marcado
pelo chamado vôo nupcial, em que é seguida por um cortejo de zangões.
Depois de fecundada, ela sai em busca de um novo lar, junto com as
abelhas serviçais, que carregam um pouco de cera.
O local ideal é uma fresta ou um buraco em uma árvore ou uma parede.
"Com o material trazido do antigo ninho, elas constroem o primeiro
favo", afirma a entomologista Maria Cristina de Almeida, da Universidade
Federal do Paraná. As operárias vedam as frestas com o própolis,
conhecido por seus efeitos medicinais e secretado por suas próprias
glândulas.
Terminada a construção, a rainha inicia a sua linhagem, pondo as
larvas. As filhas escolhidas para futuras rainhas — não se sabe por
quais critérios — são alimentadas por mais tempo com geléia real,
substância rica em vitaminas também secretada pelas glândulas das
abelhas. As demais estão condenadas a ser vassalas: cuidam da faxina,
defendem a colmeia, procuram comida, produzem mel e alimentam as larvas.
As rainhas que nascerem farão o mesmo que a mãe: serão fecundadas,
reunirão suas operárias e formarão suas próprias colmeias.
Liderança feminina
Todo o processo de construção da colmeia obedece ao comando da abelha-rainha
1. Dias depois de nascer, a rainha já está pronta para seu vôo de núpcias, em que é seguida por vários zangões
2. Cada rainha é fecundada por até 8 machos, que morrem ao perder parte do corpo durante o ato sexual
3. Com abelhas-operárias e cera trazidas do ninho anterior, a rainha
constrói o primeiro favo da nova colmeia. As frestas são vedadas com
própolis, mistura de resinas extraídas de plantas com secreções
glandulares das abelhas
4. Construída a colmeia, a nova rainha põe suas larvas. Algumas
delas, escolhidas para futuras rainhas, receberão um alimento
diferenciado: a geleia real.
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