Ele acontece logo depois das provas. Todos os testes são feitos a
partir de amostras de urina. E há basicamente quatro tipos de
substâncias proibidas. Elas começam pelos estimulantes, que excitam o
sistema nervoso. É o caso das anfetaminas. Mais comuns são os
anabolizantes. Usados durante os treinamentos físicos, eles alteraram o
metabolismo, fazendo a massa muscular crescer mais do que o normal.
Outra categoria proibida é a das substâncias calmantes, que inclui
álcool e maconha. O problema é que, em pequenas doses, elas relaxam os
nervos. E isso pode dar alguma vantagem em competições como o tiro.
Diuréticos, que eliminam água do organismo, também são vetados. É que
eles servem tanto para tirar vestígios de doping como para diminuir o
peso de lutadores que tentam competir em categorias de peso abaixo das
suas. Além do uso de drogas, enfim, há mais três proibições: injetar
sangue, que dá mais fôlego por aumentar o número de glóbulos vermelhos,
manipular saquinhos de urina - por motivos óbvios - e o doping genético - estimular órgãos e tecidos com proteínas ou vírus modificados. Isso, na
verdade, ainda não foi bem desenvolvido, mas, virtualmente impossível
de ser detectado, tem tudo para vingar.
Xixi indiscreto
Testemunhas conferem se a urina é legítima
1. Nos esportes individuais, como o atletismo, os quatro primeiros
colocados de cada modalidade são convocados para o exame. Nos coletivos
são escolhidos aleatoriamente alguns integrantes das equipes vencedoras.
O número de testes sempre aumenta nas provas finais.
2. A equipe que coleta a urina pode incluir membros do COI,
representantes da federação do atleta e médicos. O sujeito preenche um
formulário com o nome das substâncias que teria consumido. E escolhe um
frasco vazio para urinar.
3. Pelo menos um dos representante do COI deve olhar o atleta fazendo
xixi. Não vale pedir licença ou se esconder enquanto enche o frasco - no
mínimo 65 ml. Se o examinado ficar constrangido, pode levar um
acompanhante.
4. O frasco é enviado para um laboratório. E o resultado vai para o
presidente do Comitê Antidoping do COI. Só ele tem a lista que relaciona
o laudo ao atleta. Se der positivo, pede-se uma contraprova. Se o
resultado for o mesmo, o atleta é desclassificado.
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