Emoções fortes - por exemplo, um susto - fazem as glândulas adrenais
(localizadas na parte superior dos rins) liberar adrenalina. Essa
substância entra na corrente sanguínea e prepara o organismo para
enfrentar a situação - no coração, especificamente, ela provoca o
aumento dos batimentos. Com isso, mais sangue é bombeado para os
músculos, para que a pessoa possa fugir ou enfrentar o perigo. A
adrenalina estimula, ainda, uma contração dos vasos sanguíneos, que
serve também para bombear mais sangue e melhorar a irrigação em centros
vitais como o cérebro. É assim que a intensificação do trabalho cardíaco
e o estreitamento dos vasos podem ocasionar o infarto - morte de
tecidos por falta de oxigenação - se já houver alguma artéria
coronariana (as que levam sangue ao coração) semi-obstruída. O coração é
um músculo que, como qualquer outro, precisa de oxigênio. Quando seu
trabalho aumenta, cresce também a necessidade desse gás vital.
Se uma artéria que atende aquela região do corpo tiver alguma
obstrução, vai deixar passar menos sangue que o necessário e aí acontece
o infarto. Outra possibilidade é a contração de uma artéria que já
apresente certo entupimento resultar em um bloqueio total, também
causando o infarto. "Muitas vezes a pessoa nem sabe que o órgão está
doente, mas nessa hora o problema se manifesta", afirma o cardiologista
Noedir Stolf, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, em São
Paulo.
Aperto fatal
Adrenalina comprime os vasos do coração
1. Sob uma forte emoção, as glândulas adrenais liberam adrenalina, substância que contrai os vasos sanguíneos.
2. Caso uma artéria do coração esteja entupida, a contração pode
interromper o fluxo de sangue. Sem oxigenação, o tecido cardíaco morre. É
o infarto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário