Não. Cerca de 90% das areias são compostas de quartzo, um dos
minerais mais abundantes na superfície da Terra. A areia da praia, no
entanto, contém ainda restos de seres marinhos como algas calcáreas,
corais e conchas de moluscos. Formados principalmente por carbonato de
cálcio, os esqueletos dessas criaturas foram, durante milhões de anos,
atirados contra rochedos pelas ondas do mar. Dessa forma, acabaram
triturados em grãos e misturados à areia. As praias com maior quantidade
dessas partículas estão localizadas perto da linha do Equador, pois os
organismos ricos em carbonato de cálcio preferem as águas quentes da
região. Certas áreas desérticas também apresentam características
peculiares. "É o caso, por exemplo, de parte do deserto do Novo México,
nos Estados Unidos, onde a areia possui grande quantidade de gipsita, a
matéria-prima usada na fabricação do gesso", explica o geólogo Kenitiro
Suguio, da Universidade de São Paulo (USP).
A responsável por isso é uma lagoa rica em sulfato de cálcio,
componente da gipsita, que fica seca durante boa parte do ano. Aí então,
o vento se encarrega de espalhar o sulfato pelas dunas. Em alguns rios,
há também areias ricas em pedras e metais preciosos - como ouro e
diamantes - também chamadas de depósitos aluviais. Outro tipo de areia,
de cor escura, encontrada em muitas praias das ilhas do Oceano Pacífico
constitui-se de basalto, material formado por lava vulcânica resfriada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário