O fenômeno é causado por uma descarga elétrica entre duas
nuvens (o que é mais comum) ou entre uma nuvem e o solo. Essas nuvens
são normalmente do tipo cúmulo-nimbo - verticalmente mais extensas, com a
face inferior lisa. Elas se formam a cerca de 2 quilômetros de altura
do solo e se estendem por até 18 quilômetros acima. O choque entre as
partículas de gelo dentro da nuvem causa uma separação de cargas
elétricas positivas e negativas. Quando a diferença de cargas é muito
grande, uma carga elétrica, geralmente negativa, chamada condutor, fraca
e invisível, deixa a nuvem e ziguezagueia para baixo, entre 30 e 50
metros de altitude. Devido à intensidade do campo elétrico formado, as
cargas positivas do solo mais próximas do raio condutor, chamadas de
conectantes, saltam até encontrá-lo, fechando assim o circuito elétrico
entre a nuvem e o solo. Só quando as duas correntes se encontram é que
tudo se ilumina e o raio pode ser observado.
Em outro tipo de raio, chamado de positivo, a posição das cargas é
invertida, ocorrendo uma descarga negativa do solo e outra positiva da
nuvem. Nos raios positivos, a descarga se origina da parte alta da
nuvem, enquanto nos negativos sua origem é no lado inferior. "A maioria
dos relâmpagos que atingem o chão é oriunda das nuvens. Menos de 1% se
origina no solo e sobe para a nuvem. Para a formação dos dois tipos
concorrem descargas tanto do solo quanto da nuvem, mas a mais comum é de
cima para baixo", diz o geofísico espacial Osmar Pinto Junior.
Eletricidade cósmica
Nuvens carregadas formam campo elétrico que, ao se descarregar, risca o céu de luz
1. Uma nuvem negra está repleta de gotículas de água congelada, que se mexem por causa dos ventos.
2. Nessa confusão, os granizos se chocam. A cada esbarrada, os átomos de água perdem ou ganham elétrons.
3. Criam-se, assim, duas forças elétricas: uma positiva e outra negativa.
4. Uma carga elétrica, geralmente negativa, deixa a nuvem e se dirige ao solo.
5. Quando a eletricidade chega ao chão, este lança uma descarga
positiva, que se encontra com a da nuvem. Nesse instante, ocorre o
clarão.
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