Pelas leis da natureza, o ar quente (mais leve) está sempre
subindo, e o ar frio, (mais pesado), sempre descendo. Ao amanhecer, o
sol aquece o solo, fazendo com que o ar próximo a ele também tenda a
subir.
Em alguns dias do inverno, porém, a camada de ar rente ao solo
torna-se ainda mais gelada que a camada imediatamente acima dela. Como
as camadas mais elevadas também são frias, forma-se um "sanduíche": uma
faixa quente entre duas faixas frias. Essa combinação faz com que a
camada gelada, junto ao solo, não consiga se dissipar. "O fenômeno
ocorre quando há muita umidade próxima à superfície da Terra, em geral
logo após a passagem de uma frente fria", diz o meteorologista Francisco
Alves do Nascimento, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de
Brasília.
Essa situação se torna um problema nas grandes metrópoles, onde a
poluição do ar piora bastante, elevando a incidência de doenças
respiratórias e alérgicas entre a população. Isso porque, de manhã,
quando surge a inversão térmica, uma grande quantidade de automóveis sai
às ruas, liberando gases tóxicos como o monóxido de carbono. O tormento
tende a se agravar em dias sem ventos, que facilitariam a dispersão dos
poluentes.
Sujeira aprisionada
Alterações de temperatura e umidade retêm a poluição junto ao solo.
Num dia normal
Sob maior pressão e menor temperatura, as camadas mais altas da atmosfera fazem com que o ar de cima, mais pesado, vá para baixo
O sol esquenta o chão e também o ar junto à sua superfície.
Resultado: ele fica mais leve e sobe, levando consigo a poluição causada
pela fumaça dos automóveis.
Numa manhã de inversão térmica
Nos dias mais úmidos do inverno, o ar próximo ao solo torna-se ainda
mais frio que o das camadas mais elevadas da atmosfera. Isso faz com que
ele fique preso ao chão, segurando a poluição.
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