Trata-se de um distúrbio benigno que ocorre na primeira das
seis passagens noturnas de um sono profundo para um mais superficial: as
funções motoras despertam, mas a consciência continua a dormir. Em
geral, a pessoa começa a se mexer durante o sono, senta de repente na
cama, levanta e sai andando, ainda dormindo. Ou seja, o sonâmbulo se
movimenta, mas não sabe o que está acontecendo. Provocado por uma
arritmia cerebral, geralmente hereditária, o sonambulismo ocorre em
cerca de 20% das crianças de 3 a 10 anos, em torno de uma vez por ano, e
depois tende a desaparecer sem deixar vestígios. Ao contrário do que se
pensa, não é perigoso acordar um sonâmbulo. "Isso não passa de um
mito", afirma o neurologista Rubens Reimão, do Centro de Distúrbios do
Sono do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
O sonambulismo acontece quando a pessoa está na fase mais profunda de
seu sono. Por isso, ao ser acordada, fica meio confusa, sem saber
direito o que está acontecendo, mas não corre nenhum perigo. O melhor
procedimento é encaminhá-la de volta para a cama. Ela continuará
dormindo e, no dia seguinte, provavelmente nem se lembrará do que
aconteceu.
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